É bastante usual fazer alguns reparos no veículo, seja para um conserto técnico ou na lataria do automóvel, caso seja a última opção, provavelmente a peça será soldada.
Os itens mais comuns a serem soldados são: para-lama, para-choque e chassi. Para fazer este reparo, o processo MIG/MAG é o mais escolhido.
É muito importante que o colaborador execute este serviço com qualidade e responsabilidade, pois este processo não envolve apenas a estética do veículo, mas também a segurança das pessoas.
Desse modo, na hora de escolher a máquina de solda deve considerar alguns fatores, sendo eles: avaliação da marca/modelo e a assistência técnica. A Aventa possui equipamentos para todos os processos de soldagem.
Outra recomendação é não fazer economia na hora de escolher a máquina, dado que a qualidade/integridade da solda é um tópico essencial na funilaria.
Entretanto, independente do processo escolhido, algumas peças não devem ser reparadas, visto que o veículo tem partes específicas que são fabricadas e tratadas com materiais especiais. Neste caso, é recomendado que as peças sejam substituídas por novas.
Os componentes que nunca devem ser reparados são: eixos em geral, terceiro eixo e pontas de eixo.
Antes de soldar o material, não se deve esquecer de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs).
Benefícios do processo MIG/MAG no reparo automotivo
A soldagem MIG/MAG é mais utilizada por ser mais prática, versátil e ter uma maior produtividade. Na funilaria, este método se destaca pela sua flexibilidade.
O funcionário pode soldar em todas as posições, além disso, outra vantagem deste processo é a soldagem em chapas finas (com espessuras acima de 0,5).
Este método permite pontos de soldagem em fixação das peças e uma soldagem mais rápida, tornando mais fácil a preparação das peças.
Como a soldagem MIG/MAG é mais rápida e gera menos calor, reduz a distorção/deformação da chapa ou do componente.
Na funilaria, o equipamento mais recomendado é MIG/MAG com arame sólido, pois proporciona maior estabilidade, principalmente em chapas finas.
Como já foi mencionado, este processo permite uma soldagem com maior qualidade (por ter estabilidade e controle do arco), com esta característica, este método inviabiliza alteração constante na alimentação do arame. Além disso, o soldador tem maior conforto na operação.
Benefícios do processo TIG no reparo automotivo
A solda TIG também é utilizada na restauração e no reparo de veículo, este método é mais versátil que o GMAW-MIG/MAG quando comparado com as espessuras e tipos de metais. Entretanto, neste processo as posições de soldagem são limitadas.
A máquina TIG com corrente contínua, é possível soldar: aço carbono, inox, níquel e titânio.
Enquanto que a máquina TIG com corrente alternada, além dos materiais citados, pode soldar: alumínio, magnésio e outros metais não ferrosos.
Soldagem e o mercado automobilístico
Como já mencionado, a soldagem é largamente utilizada no mercado automobilístico, seja para construção ou reparos de automóveis. Pensando nisso, iremos mostrar a história da soldagem neste segmento.
Anos 60 e 70
Os robôs passaram a substituir o homem em atividades pesadas, demoradas e que exigiam precisão, como a soldagem. A automação de parte da linha multiplicou os volumes produzidos, contudo, o processo não era vantajoso para o trabalhador. Em 1974, a soldagem automática correspondia a 95% do Camaro.
Anos 70
Com o intuito de implantar e impulsionar o mercado automobilístico no Brasil (anteriormente os carros americanos dominavam as ruas brasileiras), foram desenvolvidas algumas ações. O primeiro passo foi limitar a importação de peças de reposição já produzidas no Brasil. A segunda medida foi proibir importar carros inteiros, isso fez com que a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a Willys-Overland se tornassem fábricas nacionais.
O resultado disso foi o aprimoramento do sistema de gestão, fazendo que novos modelos e o catálogo de cores fossem ampliados. Isso fez com que a Ford tivesse o título de maior fabricante do mundo. A produção em série clássica começa a entrar em declínio, deste modo, os grandes fabricantes começaram a produzir veículos modernos e mais compatíveis com o uso demandado pelos brasileiros.
Anos 80
O sistema criado por Ford evoluiu ao toyotismo, no qual conceitos de produção enxuta, diversificação de produtos e extremo cuidado com a qualidade tornaram-se mandatórios. Ou seja, os fabricantes deixaram de concentrar as fases do processo produtivo, abandonando as empresas especializadas na fabricação das peças, dessa forma, surgiram parques industriais agrupando fornecedores parceiros. Com isso, as montadoras ganharam foco no produto e na logística.
Anos 90
Nos anos 90, a importação de veículos voltou a ser estimulada. Atualmente, o Brasil possui 20 empresas competindo em um lucrativo mercado.
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